sexta-feira, 1 de março de 2013


Das profundezas do Império

Exumação dos corpos de D. Pedro I e D. Leopoldina revelam detalhes relevantes para a História do Brasil. Especialistas comentam pesquisa realizada em São Paulo e discutem também o mito do fêmur quebrado da jovem imperatriz


Alice Melo

D. Pedro I era um homem baixo para os padrões de sua época
Uma preocupação com a umidade no subsolo do Monumento do Ipiranga, em São Paulo, motivou a arqueóloga Valdirene do Carmo Ambiel a escavar seu próprio caminho e realizar uma pesquisa que revelou detalhes desconhecidos sobre alguns personagens da família imperial brasileira. Os despojos de D. Pedro I e suas duas esposas, D. Leopoldina e D. Amélia, foram exumados de suas criptas e submetidos a baterias de exames em laboratório da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, como revelou a reportagem especialdo jornal O Estado de S. Paulo.

A iniciativa partiu da própria pesquisadora e enfrentou muitos obstáculos para ser colocada em prática, já que a arqueologia funerária no Brasil é um campo pouco explorado. Durante a pesquisa de mestrado no programa do Museu de Arqueologia da USP, Ambiel conseguiu uma série de autorizações e financiamentos capazes de permitir a retirada cuidadosa dos corpos do monumento onde estavam enterrados desde os anos 1980, o traslado dos despojos durante as madrugadas de 2012 para o hospital na USP; e uma série de radiografias feitas sem que as ossadas saíssem prejudicadas. Um processo inédito no país. “Aqui, a arqueologia ainda ‘anda mal das pernas’ e o que se vê é um interesse maior pela pré-história”, revela Ambiel.
Além de relevante para a arqueologia funerária no Brasil, a dissertação se mostrou interessante também à historiografia, já que indicou detalhes ainda desconhecidos aos especialistas. A historiadora Mary Del Priore, autora de A carne e o sangue (2012)por exemplo, ficou surpresa ao saber que D. Pedro I possuía altura mediana - entre 1,67m e 1,73m – como indicado na perícia. Um tamanho considerado baixo para os padrões da época. Para Del Priore, o trabalho realizado pela arqueóloga é ‘fantástico’. “Ela lutou por isso sozinha. Não temos o hábito no Brasil de se mexer em corpos de mortos com interesse de pesquisa, por conta de toda a tradição católica”. E acrescenta que a pesquisa “cumpriu os espaços com pertinência e competência. Em um país onde só se fazia arqueologia de sambaqui, isso é realmente louvável”.
A historiadora Isabel Lustosa, pesquisadora da Fundação Casa de Rui Barbosa e autora de D. Pedro I (2006), chama atenção para o fato de ter se encontrado bijuterias no caixão da jovem imperatriz Leopoldina. “D. Pedro era um notório pão-duro, nada impede que tenha substituído as joias por bijuterias”, brinca. Lustosa acrescenta que as demais informações apresentadas por Ambiel são “aspectos biográficos importantes, que exaltam características fortes de personagens fundamentais para a História do Brasil”, detalhes que ultrapassam o âmbito da curiosidade e que ajudam a compor ainda mais um quadro fundamental do passado.
O mito do fêmur fraturado
Descobriu-se, por exemplo, que D. Pedro I foi enterrado com insígnias militares referentes apenas ao Estado Português e comprovou-se que o imperador fraturou duas costelas, em decorrência de quedas de cavalo. Os exames mostraram também que D. Amélia foi embalsamada com os órgãos vitais, de forma que muito de seu corpo tenha sido preservado (como unhas e cabelos); e que a jovem imperatriz Leopoldina não teria fraturado o fêmur pouco antes da morte, como parece indicar uma lenda que corria pelos corredores do Museu Nacional, erroneamente atribuída, hoje, pela mídia que repercute a pesquisa de Ambiel, à historiografia.
Causas da morte da imperatriz Leopoldina permanecem desconhecidas
“É a primeira vez em que ouço essa história de fêmur quebrado”, confessa Isabel Lustosa. “O que se conhece na historiografia de Otávio Tarquino [grande estudioso do Império Brasileiro] são relatos da imperatriz no dia seguinte ao possível episódio da briga entre ela e D. Pedro por conta do relacionamento com a Marquesa de Santos. Parece que ele era violento”.

A historiadora conta que os jornais populares da época noticiaram a briga e um possível pontapé que o imperador haveria dado na esposa. A agressão teria causado posterior queda e perda do bebê que Leopoldina esperava. Isso, portanto, poderia ter causado sua morte, além do fato da jovem imperatriz ser uma pessoa deprimida e de saúde frágil.  A descoberta do fêmur intacto, portanto, não comprova nada - já que poderia ter havido queda e agressão, sem que ela tivesse sofrido alguma fratura. Em outras palavras: não há documentação da época que indique que houve de fato a agressão, tampouco que um osso teria sido quebrado. Portanto, as causas sobre a morte de D. Leopoldina continuam desconhecidas.
A historiadora conta que os jornais populares da época noticiaram a briga e um possível pontapé que o imperador haveria dado na esposa. A agressão teria causado posterior queda e perda do bebê que Leopoldina esperava. Isso, portanto, poderia ter causado sua morte, além do fato da jovem imperatriz ser uma pessoa deprimida e de saúde frágil.  A descoberta do fêmur intacto, portanto, não comprova nada - já que poderia ter havido queda e agressão, sem que ela tivesse sofrido alguma fratura. Em outras palavras: não há documentação da época que indique que houve de fato a agressão, tampouco que um osso teria sido quebrado. Portanto, as causas sobre a morte de D. Leopoldina continuam desconhecidas.

As insígnias de D. Pedro
No que diz respeito às insígnias encontradas junto às ossadas de D. Pedro, Isabel Lustosa diz que não surpreende tanto que não haja nenhuma referência ao Brasil. “Quando abdicou da coroa, uma das coisas que tinha dito foi que não ligava para condecorações e quando ele morreu, já estava muito afastado do Brasil. As condecorações encontradas com ele foram conquistadas no campo de batalha, quando partiu para lutar pela coroa em nome da filha, Maria da Glória”, explica a professora, sobre a rebenta que Pedro tinha deixado em seu lugar no trono de Portugal, mas que fora destituída por seu tio - irmão de Pedro I - Miguel. De acordo com a historiadora, o fato de Pedro I não ter qualquer condecoração apareceu bastante na imprensa francesa do período e, para ela, provavelmente o primeiro imperador do Brasil tenha querido ser enterrado daquela forma.

Fonte: RHBN





sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Hidratante pode ter matado Hatshepsut
Creme usado pela principal faraó mulher do Egito para tratar um eczema pode ter sido o culpado por sua morte
por Graziella Beting

Há remédios piores que a doença. Que o diga a rainha Hatshepsut, principal faraó mulher do Egito, que viveu por volta de 1450 a.C. Segundo cientistas da Universidade de Bonn, ela pode ter morrido por causa do creme hidratante que usava. Essa é a suspeita levantada pelos especialistas que analisaram o conteúdo – até hoje intacto – do frasco encontrado entre os objetos da faraó, hoje conservado no Museu Egípcio da universidade.

A descoberta foi feita por Michael Höveler-Müller, curador do museu, e Helmut Wiedenfeld, do Instituto de Farmacologia da universidade. Por muito tempo, acreditava-se que o frasco contivesse perfume, mas, ao retirar amostras de seu conteúdo, eles identificaram um tipo de loção para a pele contendo uma forte substância carcinogênica. Os pesquisadores suspeitam que o creme possa ter sido indicado à faraó como tratamento para eczema, já que são conhecidos outros casos de doenças de pele na família de Hatshepsut.

O problema é que, além de substâncias hidratantes e anti-inflamatórias, os farmacologistas detectaram no creme da monarca uma grande quantidade de benzopireno, “uma das mais perigosas substâncias carcinogênicas que conhecemos”, afirma Wiedenfeld.

FONTE: HISTÓRIAVIVA

domingo, 4 de dezembro de 2011

Arqueólogos encontram cidade perdida no Peru
Construção seria uma das mais antigas das Américas e estava debaixo de outra ruína.

BBC

Uma grande estrutura circular construída há 5,5 mil anos foi descoberta nesta semana no Peru. A construção seria uma das mais antigas das Américas.
O local foi descoberto por arqueólogos peruanos e alemães debaixo de outra ruína, conhecida como Sechin Bajo, em Casma, a 370 quilômetros da capital, Lima.
Foto: BBC
A cidade "perdida" seria uma das mais antigas das Américas (Foto: BBC)
 
"Na realidade, esse monumento tem uma arquitetura extraordinária, que começou provavelmente nas construções mais arcaicas e se prolongou pela época mais formativa", afirmou o arqueólogo German Yenque.
Antes da nova descoberta, a cidade de Caral era considerada a mais antiga da civilização ocidental, com cerca de 5 mil anos.
O Peru tem diversos sítios arqueológicos, e muitos deles precedem o poderoso império Inca, que atingiu o seu auge no século 16, antes da invasão dos espanhóis.
Jesus celebrou Santa Ceia reclinado em almofadas, sugere arqueologia
Refeição com apóstolos provavelmente aconteceu em móvel em U, o chamado triclínio.
Inconsistências nos Evangelhos não deixam claro se grupo celebrou a Páscoa.


G1 / Reinaldo José Lopes

Algumas contradições entre os quatro Evangelhos deixam no ar uma dúvida sobre as circunstâncias exatas da Santa Ceia: teria ela acontecido como o banquete que celebra a Páscoa judaica, o chamado Seder? Os três primeiros Evangelhos (Mateus, Marcos e Lucas) dão a entender que sim, enquanto o de João parece dizer que não. A refeição festiva da Páscoa judaica é o começo das celebrações da libertação dos israelitas do domínio do Egito, e foi para celebrar a Páscoa que Jesus e seus discípulos viajaram até Jerusalém.
Se a Última Ceia foi realmente um Seder, dá para ter uma idéia mais claro do cardápio consumido por Jesus e seus discípulos: o pão necessariamente teria sido feito sem fermento, conforme a tradição judaica; além do vinho, haveria carne de cordeiro e ervas amargas. No entanto, não há menção ao cordeiro (animal de forte simbolismo religioso para os antigos judeus) nos textos bíblicos sobre a Santa Ceia.
Foto
AConcepção artística retrata os móveis provavelmente usados durante a Santa Ceia (Foto: Reprodução )
Além disso, o evangelho de João diz que Jesus foi crucificado no dia da preparação para a Páscoa, ou seja, na véspera da grande festa judaica -- tanto que os líderes judeus teriam pedido para que o corpo dele fosse retirado da cruz antes do início das celebrações. (O cadáver exposto transmitiria impureza ritual, "contaminando" o ambiente sagrado da Páscoa e do sábado judaico.) Se essa interpretação estiver correta, a Última Ceia foi apenas uma refeição festiva, sem ligação direta com as refeições pascais judaicas. Algumas contradições entre os quatro Evangelhos deixam no ar uma dúvida sobre as circunstâncias exatas da Santa Ceia: teria ela acontecido como o banquete que celebra a Páscoa judaica, o chamado Seder? Os três primeiros Evangelhos (Mateus, Marcos e Lucas) dão a entender que sim, enquanto o de João parece dizer que não. A refeição festiva da Páscoa judaica é o começo das celebrações da libertação dos israelitas do domínio do Egito, e foi para celebrar a Páscoa que Jesus e seus discípulos viajaram até Jerusalém.
Se a Última Ceia foi realmente um Seder, dá para ter uma idéia mais claro do cardápio consumido por Jesus e seus discípulos: o pão necessariamente teria sido feito sem fermento, conforme a tradição judaica; além do vinho, haveria carne de cordeiro e ervas amargas. No entanto, não há menção ao cordeiro (animal de forte simbolismo religioso para os antigos judeus) nos textos bíblicos sobre a Santa Ceia.
Além disso, o evangelho de João diz que Jesus foi crucificado no dia da preparação para a Páscoa, ou seja, na véspera da grande festa judaica -- tanto que os líderes judeus teriam pedido para que o corpo dele fosse retirado da cruz antes do início das celebrações. (O cadáver exposto transmitiria impureza ritual, "contaminando" o ambiente sagrado da Páscoa e do sábado judaico.) Se essa interpretação estiver correta, a Última Ceia foi apenas uma refeição festiva, sem ligação direta com as refeições pascais judaicas. Algumas contradições entre os quatro Evangelhos deixam no ar uma dúvida sobre as circunstâncias exatas da Santa Ceia: teria ela acontecido como o banquete que celebra a Páscoa judaica, o chamado Seder? Os três primeiros Evangelhos (Mateus, Marcos e Lucas) dão a entender que sim, enquanto o de João parece dizer que não. A refeição festiva da Páscoa judaica é o começo das celebrações da libertação dos israelitas do domínio do Egito, e foi para celebrar a Páscoa que Jesus e seus discípulos viajaram até Jerusalém.
Se a Última Ceia foi realmente um Seder, dá para ter uma idéia mais claro do cardápio consumido por Jesus e seus discípulos: o pão necessariamente teria sido feito sem fermento, conforme a tradição judaica; além do vinho, haveria carne de cordeiro e ervas amargas. No entanto, não há menção ao cordeiro (animal de forte simbolismo religioso para os antigos judeus) nos textos bíblicos sobre a Santa Ceia.
Além disso, o evangelho de João diz que Jesus foi crucificado no dia da preparação para a Páscoa, ou seja, na véspera da grande festa judaica -- tanto que os líderes judeus teriam pedido para que o corpo dele fosse retirado da cruz antes do início das celebrações. (O cadáver exposto transmitiria impureza ritual, "contaminando" o ambiente sagrado da Páscoa e do sábado judaico.) Se essa interpretação estiver correta, a Última Ceia foi apenas uma refeição festiva, sem ligação direta com as refeições pascais judaicas. Esqueça a boa e velha mesa: ao contrário do que achava Leonardo da Vinci, a Santa Ceia provavelmente aconteceu em torno de um triclínio, um móvel baixinho e em forma de U que era o mais empregado em celebrações da Antigüidade. E, tal como os convivas dos banquetes gregos e romanos, Jesus Cristo e os apóstolos provavelmente comeram pão e vinho reclinados sobre a mesa.
A reconstrução da ceia, feita por historiadores e arqueólogos, baseia-se nos costumes prevalentes durante o século I d.C. em todo o Império Romano, inclusive na Palestina de Jesus. Achados arqueológicos em Pompéia e outros locais do Império mostram que os convidados de uma refeição entravam numa sala especial e logo se deparavam com o triclínio, que ficava com sua parte aberta voltada para eles, como um U invertido.
Essa abertura permitia que os alimentos e bebidas fossem trazidos para a "mesa" e distribuídos nela. Em volta dos braços do triclínio, os convidados se dispunham numa ordem hierárquica: o lugar de honra era o meio do "braço" esquerdo. Almofadas ou "tatames" especiais eram usados para acolchoar o chão em volta do triclínio. Para comer, os convivas se reclinavam sobre seu braço esquerdo e manuseavam alimentos e bebidas com a mão direita.
Ao longo do tempo, conforme os costumes se transformavam, a arte cristã passou a representar a Santa Ceia com mesas e cadeiras. Em várias comunidades cristãs, surgiu o costume de realizar banquetes que celebravam a morte e ressurreição de Jesus, os chamados ágapes, em que todos se sentavam à mesa para comer e beber.
Foto: Reprodução
Pintura de catacumba romana mostra o ágape, antiga festa cristã que se inspirava na Santa Ceia (Foto: Reprodução)
Algumas contradições entre os quatro Evangelhos deixam no ar uma dúvida sobre as circunstâncias exatas da Santa Ceia: teria ela acontecido como o banquete que celebra a Páscoa judaica, o chamado Seder? Os três primeiros Evangelhos (Mateus, Marcos e Lucas) dão a entender que sim, enquanto o de João parece dizer que não. A refeição festiva da Páscoa judaica é o começo das celebrações da libertação dos israelitas do domínio do Egito, e foi para celebrar a Páscoa que Jesus e seus discípulos viajaram até Jerusalém.
Se a Última Ceia foi realmente um Seder, dá para ter uma idéia mais claro do cardápio consumido por Jesus e seus discípulos: o pão necessariamente teria sido feito sem fermento, conforme a tradição judaica; além do vinho, haveria carne de cordeiro e ervas amargas. No entanto, não há menção ao cordeiro (animal de forte simbolismo religioso para os antigos judeus) nos textos bíblicos sobre a Santa Ceia.
Além disso, o evangelho de João diz que Jesus foi crucificado no dia da preparação para a Páscoa, ou seja, na véspera da grande festa judaica -- tanto que os líderes judeus teriam pedido para que o corpo dele fosse retirado da cruz antes do início das celebrações. (O cadáver exposto transmitiria impureza ritual, "contaminando" o ambiente sagrado da Páscoa e do sábado judaico.) Se essa interpretação estiver correta, a Última Ceia foi apenas uma refeição festiva, sem ligação direta com as refeições pascais judaicas.

Cidade alemã tem população retirada devido bomba da Segunda Guerra Mundial

Mais de 40 mil pessoas estão sendo retiradas da cidade de Koblenz, na Alemanha, para que uma grande bomba ainda da Segunda Guerra Mundial seja desativada com segurança.
Cidade alemã tem população retirada devido bomba da Segunda Guerra MundialA bomba, de quase duas toneladas, foi encontrada no leito do rio Reno, depois que o nível do rio diminuiu devido a um período de seca.
Todas as pessoas que moram em um raio de dois quilômetros em volta do local onde a bomba foi encontrada tiveram que sair da área. Quase metade da população de Koblenz foi afetada pela operação.
As autoridades da cidade começaram a distribuir panfletos sobre a operação na terça-feira, orientando a população a fechar suas casas.
Os especialistas vão desativar a bomba ainda na tarde deste domingo.
Esta é a maior operação de evacuação de moradores relacionada a uma bomba desde o final da Segunda Guerra Mundial na Alemanha.
Drenagem e abrigos
As autoridades alemãs afirmaram que sete casas de repouso, dois hospitais e uma prisão estão participando da operação de evacuação.
Também foram instalados abrigos com 12 mil camas em escolas, para acomodar as pessoas que não tem para onde ir.
Centenas de sacos de areia foram colocados em volta da parte do leito do rio onde a bomba está e o resto da água seria drenado da área na manhã de dom ingo.
O trabalho dos especialistas para desativar a bomba só pode começar quando o local estiver seco, o que deve ocorrer no início da tarde (horário local).
A bomba foi lançada na cidade durante a Segunda Guerra Mundial pela Força Aérea Britânica.
Além da bomba britânica, os especialistas alemães também vão desativar, ao mesmo tempo, uma bomba menor, lançada pelos americanos.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011


Encontrado pingente de 25 mil anos na jazida de Guipúzcoa

EFE  - 10/08/2011 

San Sebastián - Um pingente avaliado em cerca de 25 mil anos foi encontrado na jazida de Irikaitz de Zestoa (Guipúzcoa) por cientistas da Sociedade Aranzadi, que afirmaram ser a descoberta mais antiga em uma escavação ao ar livre na Península Ibérica.
A peça, um seixo de 10 centímetros, está perfurada em um de seus extremos e por sua disposição é possível perceber que a mesma esteve pendurada, informou Álvaro Arrizabalaga, diretor da escavação, que assinalou que o outro extremo da pedra foi utilizado como utensílio para lapidar ferramentas feitas de sílex, como setas e rascadores.
O achado corresponde ao período Paleolítico Superior, no chamado Gravetiano, o mais recente já pesquisado nesta jazida de Zestoa.
Arrizabalaga ficou satisfeito com a descoberta, já que achados assim não se consegue todos os dias, e indicou que é "mais antigo" que os colares magdalenianos encontrados na caverna de Praileaitz, aos que se estima ter 15.000 anos.
Além disso, assinalou que em toda a península deve existir "20 peças desta mesma época", com características que sempre apareceram em cavernas.
"A peça está muito bem conservada e tivemos a sorte de poder retirá-la sem danificá-la", indicou o diretor da escavação, que disse que uma vez extraído o fragmento "tem de ser lavado" logo após a limpeza superficial.
Para Arrizabalaga, o pingente não vai precisar ser restaurado e após estudá-lo e incluí-lo no conjunto de descobertas do gravetianos encontrados nesta jazida, passará a integrar o acervo do museu e da Comunidade Autônoma do País Basco, já que se trata de um material público.
"Há 25 mil anos, seres humanos de nossa espécie vinham para este lugar que funcionava como área de caça para grupos itinerantes" declarou o arqueólogo, que afirmou que estes bípedes "se deslocavam oito vezes por ano para regiões que tinham um determinado tipo de recurso".
De um ponto de vista patrimonial, a jazida de Irikaitz, onde os estudiosos começaram a trabalhar em 1998, é conhecida pelas descobertas de peças de 250 mil anos, pertencentes a períodos mais antigos que correspondem já a outra geração de seres humanos diferente à atual.
A equipe da 13ª campanha de escavação, coordenada pelo arqueólogo basco, é formada por voluntários que vieram de diferentes pontos, entre eles a Universidade de Faro (Portugal). EFE

terça-feira, 19 de julho de 2011


Perícia confirma suicídio do presidente Allende em 1973

Informação foi confirmada por família ao receber resultado de perícia. Justiça resolveu abrir em janeiro investigação sobre morte de ex-presidente.


Da France Presse / 19/07/2011 

O Serviço Médico Legal confirmou nesta terça-feira (19) que o ex-presidente chileno Salvador Allende se suicidou durante o golpe de estado de Augusto Pinochet em 1973, informou a família depois de receber o relatório da perícia.
"A conclusão é a mesma que a família Allende tinha: o presidente Allende, no dia 11 de setembro de 1973, diante das circunstâncias extremas pelas quais passou, tomou a decisão de tirar sua vida antes de ser humilhado ou passar por qualquer outra situação", disse a filha do falecido mandatário, Isabel Allende.
Peritos transportam o caixão com os restos mortais do ex-presidente Salvador Allende, no último dia 23 (Foto: Martin Bernetti / AFP)
Peritos transportam o caixão com os restos mortais do ex-presidente Salvador Allende, em janeiro (Foto: Martin Bernetti / AFP)
Em janeiro, a Justiça chilena resolveu abrir uma investigação judicial para esclarecer se o ex-presidente Allende cometeu suicídio como afirma a versão oficial aceita pela família ou se foi executado pelas forças golpistas.
Como parte da investigação judicial, o corpo de Allende foi exumado do cemitério Geral de Santiago para submetê-lo a perícias que devem apresentar resultados conclusivos em agosto.
Fonte: G1